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Telefonia
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Hotelaria
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Transporte
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Estádios
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Fontes consultadas:
Telefonia: Ricardo Rodrigues de França, engenheiro eletricista e especialista em telecomunicações | |||
Transporte: Ricardo Nogueira, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Nicolau Gualda, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Poli-USP, e Marçal Goulart, superintendente de operações da Infraero | |||
Hotelaria: Alexandre Sampaio, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Maurício Bernardino, presidente da ABIH-SP, e Luiz Barretto, ministro do Turismo | |||
Estádios: Vicente de Castro Mello, coordenador da equipe de arquitetos para Copa de 2014, e Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) |
Detalhes nada pequenos - De acordo com Nicolau Gualda, professor titular e chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), os problemas do setor começam no interior das cidades-sede, que não possuem acessos adequados a estádios nem oferecem ao público condições plenas de deslocamento para restaurantes, hospitais e outros serviços. "Além disso, há problemas no transporte interestadual: as rodovias precisam de ajustes, a malha ferroviária é inadequada e a aeroviária está saturada nas principais ligações do país".
Marçal Goulart, superintendente de Gestão Operacional da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) garante que os aeroportos das cidades-sede serão melhorados. "Esperamos um crescimento de 30% no movimento das principais pistas, mas descarto completamente a possibilidade de um novo caos aéreo durante a Copa."
Quartos lotados - O Brasil deve receber durante o mês da Copa cerca de 500.000 turistas estrangeiros. É muita gente para os padrões do turismo local. A cifra é, por exemplo, 10% maior do que o número de visitantes que aportam por aqui a cada ano.
Por isso, Alexandre Sampaio, um dos diretores da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), adianta que a rede hoteleira precisa de investimentos. "Trabalharemos com uma taxa de ocupação de 100% dos quartos", diz. Para se ter ideia, a média atual do Rio de Janeiro, a maior de todo o país, é de 76%.
Sampaio adianta também os preços da hospedagem em 2014. Hotéis turísticos terão diária de 180 dólares; nos estabelecimentos superiores, 270 dólares; já os pontos de luxo sairão por 350 dólares por dia. Os hotéis terão autonomia para aderir ou não ao contrato de preços da Fifa.
Além do eventual apagão aereo, será preciso correr para evitar o telefônico. Para Ricardo Rodrigues de França, engenheiro eletricista e especialista em telefonia, é possível evitar o pior com mais investimentos das operadoras. "Mas os investimentos para resolver problemas devem começar mais para frente, caso contrário, a tecnologia fica obsoleta até 2014", diz.
Estádios 'verdes' - A situação dos estádios brasileiros é um dos calcanhares de Aquiles da Copa 2014, talvez o ponto frágil mais visível. Vicente de Castro Mello, coordenador dos arquitetos que irão trabalhar pela Copa, admite que nenhuma das construções do Brasil têm condições de abrigar o mundial. "Mas todos passarão por intervenções e adequações", ressalva.
O diferencial aqui, segundo Mello, será a criação de um modelo tipicamente brasileiro: a chamada eco-arena, um estádio sustentável, com reaproveitamento de água da chuva, reciclagem de lixo, tratamento de esgoto, entre outras medidas. Resta saber se, de fato, haverá dinheiro para todas essas obras, além das prometidas parcerias público-privadas.
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